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HISTÓRICO

Software DOMUS

O grande avanço na produção de software de simulação energética de edificações na Europa e nos EUA a partir dos 1970s – influenciado pela abrupta elevação dos preços do petróleo –, sofreu entraves à disseminação de seu uso no Brasil. Pode-se citar, entre eles, a escassez de interfaces gráficas de fácil utilização e com terminologia em português. Há ainda a questão técnica: a baixa capacidade de adaptação desses programas de simulação à realidade brasileira – em termos de climas, base de dados e de topologias de construções locais -, que dificultam sua difusão por meio de programas estrangeiros.

Neste contexto, Mendes (1997), durante seu doutoramento em colaboração com a UFSC e o Grupo de Pesquisa em Simulação do Lawrence Berkeley National Laboratory (LBNL), EUA, criou modelos matemáticos para estimar propriedades higrotérmicas dos materiais e predizer a transferência de calor e de umidade através de envoltórios porosos de edificações, além de elaborar a versão para DOS do programa UMIDUS (MENDES et al., 1996; MENDES, 1997). Em 1998, um espaço destinado ao estudo numérico-experimental de sistemas de refrigeração, condicionamento de ar e pesquisa em simulação higrotérmica e energética de edificações, chamado Laboratório de Sistemas Térmicos (LST/PUCPR, www.pucpr.br/lst), foi estabelecido na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), onde foi desenvolvido, em cooperação com o LabEEE/UFSC, o software UMIDUS 2.0 para Windows (MENDES et al., 1999), que era o único programa brasileiro no diretório de programas organizado pelo departamento de energia americano – DOE.

Como continuidade ao trabalho – iniciado em 1993 por Mendes (1997), quanto à progressão do código UMIDUS, deu-se início ao programa Domus em 1998, sendo voltado à simulação higrotérmica e energética de edificações, o qual tinha à época, como enfoque principal, o desenvolvimento de um modelo matemático e de uma interface apropriada para investigação de alternativas de estratégias de resfriamento passivo e de efeitos da umidade no desempenho de uma edificação, aproveitando-se as características do programa UMIDUS, e em razão da falta de programas de rápida aprendizagem para simulação de estratégias passivas e do anseio, desde o curso de graduação de Mendes em 1990, de melhorar o ensino de disciplinas na área de climatização e de conforto de ambientes em cursos de engenharia e de arquitetura.

A) Interface Gráfica UMIDUS

B) UMIDUS como o único programa brasileiro no diretório de programas organizado pelo departamento de energia americano – DOE

Fig. 1: UMIDUS (1999) – Software for predicting heat and moisture transfer through porous building elements

a) Modelagem de um edifício multipavimentos no DOMUS

b) Modelagem de uma residência no DOMUS

Fig. 2: Interface gráfica do DOMUS (1999) 

Em 2000, os dois primeiros trabalhos de graduação (TCC – Trabalho de Conclusão de Curso) na área de Engenharias sobre o Domus foram concluídos (OLIVEIRA, 2000 e SANTOS 2000). A primeira publicação de artigo sobre o Domus (MENDES et al., 2001a) foi no congresso Building Simulation da IBPSA (International Building Performance Simulation Association), organizado no Brasil pela primeira vez. Nesse mesmo ano, foi criada a IBPSA-BR (Associação Brasileira de Simulação de Desempenho de Edificações). Em 1/7/2003, foi encaminhado o pedido de registro de software Domus junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), como Modelo de Utilidade, recebendo o número de registro 05270-5.

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